Monday, March 15, 2004
Camacho
Em dois dias seguidos, o treinador do Benfica aparece ligado ao jornal Record, como um agitador dentro do clube da Luz, onde segundo os jornalistas e repito, segundo os jornalistas, manifestou-se contra José Veiga e depois, segundo (e desculpem exagerar) os mesmos jornalistas veio dar o dito pelo não dito. Eu li ambas as declarações e nada do que os jornalistas do referido metem em título me pareceu coerente, antes sendo uma forma de vender jornais, com títulos relacionados com o Benfica. Como leitor assíduo do jornal, é óbvio que eu fico desiludido com o referido jornal, além do mais é bom lembrar que poucas semanas antes, este meio de comunicação já vinha referindo que gostava de ver José António Camacho treinar o Futebol Clube do Porto na próxima época.
O referido treinador, revelou na altura a sua total disponibilidade para discutir um projecto de renovação com o seu actual clube. Vem daí este ataque jornalístico. É pena que cada vez mais, os jornais se transformem em meios de desinformação, em tablóides, que procuram as vendas através do sensacionalismo barato.
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Em dois dias seguidos, o treinador do Benfica aparece ligado ao jornal Record, como um agitador dentro do clube da Luz, onde segundo os jornalistas e repito, segundo os jornalistas, manifestou-se contra José Veiga e depois, segundo (e desculpem exagerar) os mesmos jornalistas veio dar o dito pelo não dito. Eu li ambas as declarações e nada do que os jornalistas do referido metem em título me pareceu coerente, antes sendo uma forma de vender jornais, com títulos relacionados com o Benfica. Como leitor assíduo do jornal, é óbvio que eu fico desiludido com o referido jornal, além do mais é bom lembrar que poucas semanas antes, este meio de comunicação já vinha referindo que gostava de ver José António Camacho treinar o Futebol Clube do Porto na próxima época.
O referido treinador, revelou na altura a sua total disponibilidade para discutir um projecto de renovação com o seu actual clube. Vem daí este ataque jornalístico. É pena que cada vez mais, os jornais se transformem em meios de desinformação, em tablóides, que procuram as vendas através do sensacionalismo barato.
Quatro dias que abalaram Espanha
No início do século passado foi publicado um livro sobre a Revolução de Outubro na União Soviética, intitulado “Dez dias que abalaram o Mundo” de John Reed. Estes últimos dias, existiu um abalo na nação espanhola, que levou a um novo rumo não esperado. Um atentado e centenas de mortes, num gesto bárbaro, a lembrar que a História é feita de ciclos e que a tudo dá uma sensação de “déja vu”. A História é uma repetição da História e a Humanidade não aprende. A Espanha virou à esquerda, tendo sido eleito Primeiro-Ministro, o quase desconhecido, José Luis Zapatero. O futuro dirá as diferenças ou semelhanças, após este abalo político, que como outros acontecimentos abalou todo um Mundo civilizado.
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No início do século passado foi publicado um livro sobre a Revolução de Outubro na União Soviética, intitulado “Dez dias que abalaram o Mundo” de John Reed. Estes últimos dias, existiu um abalo na nação espanhola, que levou a um novo rumo não esperado. Um atentado e centenas de mortes, num gesto bárbaro, a lembrar que a História é feita de ciclos e que a tudo dá uma sensação de “déja vu”. A História é uma repetição da História e a Humanidade não aprende. A Espanha virou à esquerda, tendo sido eleito Primeiro-Ministro, o quase desconhecido, José Luis Zapatero. O futuro dirá as diferenças ou semelhanças, após este abalo político, que como outros acontecimentos abalou todo um Mundo civilizado.
Thursday, March 11, 2004
O Sonho
Deito-me na cama, o quarto está inundado por uma escuridão impenetrável. Ao longe, ouço o ruído de vozes, tão perto e ao mesmo tempo longe, falando numa linguagem conhecida, mas que apesar de tudo parece tão indecifrável. Uma moleza que invade o corpo, torna os sentidos torpes, dormentes e adormecidos, tendo entrado na fronteira do reino de Morfeu. Sonho e tu apareces-me, em todo um esplendor que não te pertence, que ilude. Aqui, és o símbolo da perfeição. Até és mais que isso. És o que o meu sonho determinar, és a irrealidade sem limites. Acordo. Não sei quanto tempo passou, as forças estão retemperadas, mas estou só. Não te tenho, mas prefiro ver-te por um segundo, do que sonhar contigo a toda a hora.
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Deito-me na cama, o quarto está inundado por uma escuridão impenetrável. Ao longe, ouço o ruído de vozes, tão perto e ao mesmo tempo longe, falando numa linguagem conhecida, mas que apesar de tudo parece tão indecifrável. Uma moleza que invade o corpo, torna os sentidos torpes, dormentes e adormecidos, tendo entrado na fronteira do reino de Morfeu. Sonho e tu apareces-me, em todo um esplendor que não te pertence, que ilude. Aqui, és o símbolo da perfeição. Até és mais que isso. És o que o meu sonho determinar, és a irrealidade sem limites. Acordo. Não sei quanto tempo passou, as forças estão retemperadas, mas estou só. Não te tenho, mas prefiro ver-te por um segundo, do que sonhar contigo a toda a hora.
UEFA
Mais uma vez, o futebol tem de vir à baila. Infelizmente esta é pelos piores motivos. Acabo de ver na Sic Notícias, que a UEFA foi insensível perante o pedido das quatro equipas espanholas (Barcelona, Maiorca, Villarreal e Valência) que hoje jogam a primeira mão dos oitavos de final da Taça UEFA. Mais uma vez, as instituições que orientam o futebol querem sobrepor um jogo em relação à tragédia humana.
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Mais uma vez, o futebol tem de vir à baila. Infelizmente esta é pelos piores motivos. Acabo de ver na Sic Notícias, que a UEFA foi insensível perante o pedido das quatro equipas espanholas (Barcelona, Maiorca, Villarreal e Valência) que hoje jogam a primeira mão dos oitavos de final da Taça UEFA. Mais uma vez, as instituições que orientam o futebol querem sobrepor um jogo em relação à tragédia humana.
O anúncio do licor Malibu
Após os acontecimentos, é difícil ter outro assunto de conversa que não vá parar a Madrid, mas este post já era para ter sido escrito ontem e não foi, então cá vai. Uma das coisas que me revolta neste país membro da União Europeia é definitivamente o estado da saúde em Portugal. Para mim é inconcebível uma pessoa ter de se deslocar ao Centro de Saúde às tantas da manhã, se não tiver ninguém para ir marcar a consulta tem de se levantar cedo e está doente, para então gritar a plenos pulmões quando chega: “ Está aí alguém para o Dr. Fulano?”, ao que respondem “Sou o seis.” E assim, as pessoas têm de recorrer aos Hospitais, pois foram atingidos o número limite de pacientes.
Não pretendo dizer que o mal é só do Governo, o mal é de todos, incluído médico que podem ser excelentes profissionais, mas pouco escrupulosos que usam os recursos hospitalares para fazer operações a nível privado.
Outra situação deu-se ontem comigo, quando depois de retirar o gesso me deram um papel referente a uma consulta de fisioterapia no Hospital Termal, consulta essa sem a qual não podia começar a fazer a referida fisioterapia. O tempo estimado de consulta, mínimo foi de quinze dias. Como achei e acho, esse tempo de espera exagerado, decidi em conjunto com o meu pai, saber se era possível a partir do Centro de Saúde ter uma credencial que permitisse uma consulta mais rápida, ao que a funcionária respondeu: “Quinze dias? Isso é muito bom! Aqui não consegue nada mais rápido!”.
Bom, o post já vai longo e só para juntar o título ao conteúdo, a saúde em Portugal lembra-me um dos mais giros anúncios que passou na televisão, o do licor Malibu, em que um homem está com uma mão dentro da boca de um peixe e vai ao Centro de Saúde, onde tem de preencher uns papéis em triplicado e mesmo sendo o único paciente, a espera estimada é de seis horas. Acabava com uma frase do gênero, “se a vida fosse mais séria, não existia Malibu”. Pois bem, acho que se fossem menos sérios (como se isso devesse ser possível), seriam o sistema de saúde em Portugal
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Após os acontecimentos, é difícil ter outro assunto de conversa que não vá parar a Madrid, mas este post já era para ter sido escrito ontem e não foi, então cá vai. Uma das coisas que me revolta neste país membro da União Europeia é definitivamente o estado da saúde em Portugal. Para mim é inconcebível uma pessoa ter de se deslocar ao Centro de Saúde às tantas da manhã, se não tiver ninguém para ir marcar a consulta tem de se levantar cedo e está doente, para então gritar a plenos pulmões quando chega: “ Está aí alguém para o Dr. Fulano?”, ao que respondem “Sou o seis.” E assim, as pessoas têm de recorrer aos Hospitais, pois foram atingidos o número limite de pacientes.
Não pretendo dizer que o mal é só do Governo, o mal é de todos, incluído médico que podem ser excelentes profissionais, mas pouco escrupulosos que usam os recursos hospitalares para fazer operações a nível privado.
Outra situação deu-se ontem comigo, quando depois de retirar o gesso me deram um papel referente a uma consulta de fisioterapia no Hospital Termal, consulta essa sem a qual não podia começar a fazer a referida fisioterapia. O tempo estimado de consulta, mínimo foi de quinze dias. Como achei e acho, esse tempo de espera exagerado, decidi em conjunto com o meu pai, saber se era possível a partir do Centro de Saúde ter uma credencial que permitisse uma consulta mais rápida, ao que a funcionária respondeu: “Quinze dias? Isso é muito bom! Aqui não consegue nada mais rápido!”.
Bom, o post já vai longo e só para juntar o título ao conteúdo, a saúde em Portugal lembra-me um dos mais giros anúncios que passou na televisão, o do licor Malibu, em que um homem está com uma mão dentro da boca de um peixe e vai ao Centro de Saúde, onde tem de preencher uns papéis em triplicado e mesmo sendo o único paciente, a espera estimada é de seis horas. Acabava com uma frase do gênero, “se a vida fosse mais séria, não existia Malibu”. Pois bem, acho que se fossem menos sérios (como se isso devesse ser possível), seriam o sistema de saúde em Portugal
Atentado em Madrid
Esta manhã de 11 de Março ficará marcada na História da Humanidade como o maior atentado perpetrado no nosso país vizinho, com cerca de duzentos mortos e mais de seis centenas de feridos, algo a lembrar numa escala mais pequena outro dia 11. Depois de mais uma demostração de irracionalidade apetece perguntar, quem é capaz de fazer uma coisa assim? Sinceramente acho que os autores deste acto cobarde não merecem viver, quem engendra este ataque não é civilizado, não são seres consciente, são algo abaixo de todos os seres vivos que existem à face do planeta. As cenas que vejo, e que nunca ninguém deveria ver, merece uma morte lenta e dolorosa. Posso estar a ser extremista, mas casos destes não têm perdão, não têm julgamento possível.
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Esta manhã de 11 de Março ficará marcada na História da Humanidade como o maior atentado perpetrado no nosso país vizinho, com cerca de duzentos mortos e mais de seis centenas de feridos, algo a lembrar numa escala mais pequena outro dia 11. Depois de mais uma demostração de irracionalidade apetece perguntar, quem é capaz de fazer uma coisa assim? Sinceramente acho que os autores deste acto cobarde não merecem viver, quem engendra este ataque não é civilizado, não são seres consciente, são algo abaixo de todos os seres vivos que existem à face do planeta. As cenas que vejo, e que nunca ninguém deveria ver, merece uma morte lenta e dolorosa. Posso estar a ser extremista, mas casos destes não têm perdão, não têm julgamento possível.
Wednesday, March 10, 2004
Silencio. No hay gesso.
Este título foi tirado directamente do meu gesso. Explicando melhor, a dedicatória que um amigo meu escreveu no gesso assim dizia: "Para que possas dizer Silencio. No hay gesso." Decerto que ele não se importará minimamente de me ver utilizar esta frase hoje, dia em que após seis semanas e meia (por pouco dava um nome de filme erótico) tirei o gesso. Foi uma situação difícil que passei, esta de ter partido a perna, mas encarei como uma aprendizagem. Ainda me lembro da sensação de alegria que senti quando o meu pai apareceu em casa com duas muletas novas, comecei a dar mais valor a certas certezas que tinha, para não me alongar posso dizer que serviu como uma lição de modéstia e humildade, que agora vejo algumas vezes me faltou. Uma estranheza que ocorreu, foi ao pôr o pé no chão, após uma imensa inactividade, os meus próprios sentidos me enganavam, pois todo o terreno que pisava, parecia estranhamente inclinado. A terceira fase, ou seja, a recuperação começou hoje, a lição de vida essa começou no dia 24 de Janeiro.
A todos os meus amigos, quero desde já desejar o meu mais sincero Obrigado. Quando eu precisei de vocês, pude contar com o apoio de todos. Não vou citá-los, são muitos e apesar de dizer que os colocaria numa ordem aleatória, prefiro dizer apenas: vocês sabem quem são.
Para finalizar, se este post fosse falado bradaria aos quatro ventos: NO HAY GESSO.
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Este título foi tirado directamente do meu gesso. Explicando melhor, a dedicatória que um amigo meu escreveu no gesso assim dizia: "Para que possas dizer Silencio. No hay gesso." Decerto que ele não se importará minimamente de me ver utilizar esta frase hoje, dia em que após seis semanas e meia (por pouco dava um nome de filme erótico) tirei o gesso. Foi uma situação difícil que passei, esta de ter partido a perna, mas encarei como uma aprendizagem. Ainda me lembro da sensação de alegria que senti quando o meu pai apareceu em casa com duas muletas novas, comecei a dar mais valor a certas certezas que tinha, para não me alongar posso dizer que serviu como uma lição de modéstia e humildade, que agora vejo algumas vezes me faltou. Uma estranheza que ocorreu, foi ao pôr o pé no chão, após uma imensa inactividade, os meus próprios sentidos me enganavam, pois todo o terreno que pisava, parecia estranhamente inclinado. A terceira fase, ou seja, a recuperação começou hoje, a lição de vida essa começou no dia 24 de Janeiro.
A todos os meus amigos, quero desde já desejar o meu mais sincero Obrigado. Quando eu precisei de vocês, pude contar com o apoio de todos. Não vou citá-los, são muitos e apesar de dizer que os colocaria numa ordem aleatória, prefiro dizer apenas: vocês sabem quem são.
Para finalizar, se este post fosse falado bradaria aos quatro ventos: NO HAY GESSO.
Bem-vindo
Quero desde já dar as boas-vindas ao mais novo membro desta blogosfera, o meu amigo Pedro Brigatim e o seu blog,Grito da Alma . Que o seu blog, tenha muitas visitas, pelo menos já está nos meus links.
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Quero desde já dar as boas-vindas ao mais novo membro desta blogosfera, o meu amigo Pedro Brigatim e o seu blog,
Thursday, March 04, 2004
A nova desilusão
Prometi que deixava de escrever sobre Futebol. Mas como o blog afinal é pessoal, depois de alguns meses, volto a escrever sobre o assunto. Mas é mais para me retratar. Depois do jogo de ontem, com o Rosenborg, o jogador Miguel, apesar das suas evidentes falhas ao nível do passe e da recepção, não pode por mim ser considerado o pior jogador do Benfica. Esse jogador, depois de inúmeras falhas inadmissíveis num defesa (tempo de salto, marcação, poder de desarme) tem de ser considerado o pior jogador do Benfica actual: Luisão. Quem tem 1,91m não pode ser assim tão mau, como ele. Depois dos jogos contra o Nacional e contra o Rosenborg, não existem palavras para descrever tal as fracas exibições de um jogador que supostamente era craque.
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Prometi que deixava de escrever sobre Futebol. Mas como o blog afinal é pessoal, depois de alguns meses, volto a escrever sobre o assunto. Mas é mais para me retratar. Depois do jogo de ontem, com o Rosenborg, o jogador Miguel, apesar das suas evidentes falhas ao nível do passe e da recepção, não pode por mim ser considerado o pior jogador do Benfica. Esse jogador, depois de inúmeras falhas inadmissíveis num defesa (tempo de salto, marcação, poder de desarme) tem de ser considerado o pior jogador do Benfica actual: Luisão. Quem tem 1,91m não pode ser assim tão mau, como ele. Depois dos jogos contra o Nacional e contra o Rosenborg, não existem palavras para descrever tal as fracas exibições de um jogador que supostamente era craque.