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Monday, January 26, 2004

Miklos Féher


O momento é de grande tristeza. Não o é para menos, não só para benfiquistas, mas para todos aqueles que amam a vida e vêem partir um jovem desportista. Ainda nem doze horas já se passaram e já muito se disse, mas queria ser diferente e contar um episódio recente.
Como foi amplamente comentado na Imprensa Nacional, o Benfica estagiou a semana passada em Caldas da Rainha, preparando o difícil jogo como o Boavista. No sábado, dia 18 de Janeiro, um pai acompanhado do seu filho que fazia catorze anos nesse dia e apresentava um ligeiro grau de deficiência, dirigiu-se ao Hotel onde estavam hospedados os jogadores e dirigentes do já citado Benfica, pedindo na recepção, se podia ser recebido por algum jogador do clube. Da recepção foi feito um telefonema para o quarto de Shéu Han, que informou a que horas os jogadores desciam para jantar. A estória espalhou-se e todos os jogadores fizeram questão de baixar mais cedo e proporcionar uns momentos de alegria a um jovem aniversariante, que considerou aquele um momento especial. Nuno Gomes beijou o garoto, Simão ofereceu uma camisola do Benfica. O garoto conhecia todo o plantel pelo nome e a todos quis dirigir uma palavra. A Camacho pediu para tornar o Benfica campeão, Camacho chorou, algo que infelizmente já vimos ontem, contrariando a sua imagem de homem duro que exibe. A Féher, o miúdo pediu para marcar mais golos. Quem me contou esta estória, não me disse a expressão que o Féher fez, mas presumo que tenha sido um sorriso como o de ontem, um sorriso inocente, simples, de quem tem esperança no futuro, perfeitamente inconsciente do que estava a segundos de acontecer.

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Sunday, January 11, 2004

O nosso percurso



Onde estou? No bom caminho? Não. Estou no percurso que eu próprio vou construindo, a cada dia que passa, a cada decisão que tomo, a cada escolha que faço. Nem sempre esse caminho é feito de bases sólidas. Por vezes, encontramos areias movediças, que nos afogam no meio da nossa inércia, mas é o nosso caminho. A estrada da nossa vida.

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Friday, January 09, 2004

2003, o ano da crise?



Para muitos 2003 é chamado de um ano de crise. A crise existiu de facto para alguns, eu, por exemplo, considero que foi o pior ano da minha vida, porque foi um ano difícil a nível pessoal, mas será que a crise afectou assim tantos portugueses? Não sei, o que sei é que vi muitos miúdos de catorze, quinze anos com telemóveis cujo valor comercial está situado acima dos 500 €. Pode ter sido de crise, mas o despesismo do povo português está em níveis alarmantes, basta verificar que da década de oitenta, para esta época em que vivemos, que Portugal passou de um dos países mais poupados para o topo dos países mais gastadores. Historicamente, podemos colocar esse ponto de ruptura após 1986, ou seja, a entrada de Portugal na União Europeia.
Antes de começar a culpar a Manuela Ferreira Leite, o Durão Barroso, olhemos todos para nós próprios e saibamos assumir a nossa quota-parte de culpa.

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