Silencio. No hay banda. No hay orquestra

Acabei hoje de ler este livro. Um amigo, aconselhou-mo, ao que olhei-o de lado desconfiado e recebi como resposta: "Este eu gostei!". Ainda protestei, dizendo que José Rodrigues dos Santos escreve mal e que os livros dele têm umas soluções rocambolescas como: "Faça-se luz!" E a personagem descobrir que o Big Bang foi criado por inteligência artificial de um universo passado, através deste faça-se luz... Peço desculpa se estraguei o final d'A Fórmula de Deus a alguém, mas é isto mesmo a solução... Voltando a este Sétimo Selo, a dose de incongruência continua ao seu nível habitual, a personagem principal sempre retratada como um ignorante que só percebe de História e criptanálise, alguém que sabe mandar um e-mail mas não mesma página não sabe consultar o google ou outro motor de busca para saber em que parte da bíblia é que se encontra essa citação. Deve ser porque existe um filme de Ingmar Bergman com esse mesmo nome e não queria ficar confuso. Espera! Uma rápida pesquisa no wikipedia sobre o filme, revela que o mesmo foi baseado numa passagem da Bíblia e cita mesmo qual a passagem: Revelações (8:1). E tudo sem precisar de perder 6 dias a ler a Bíblia! Mas isto não fica por aqui, as cenas de acção então são ao nível das piores do Dan Brown, nomeadamente na Conspiração. Um terrorista treinado como Igor, não consegue abater o bom do historiador a 50 centímetros de distância? Claro que não, pois Tomás Noronha, ao melhor estilo de Matrix presumo, consegue desviar-se da "bala assassina", mas isso não é nada! Atenção! Tomás Noronha pode não ter super-velocidade para ler a Bíblia, mas com uma espingarda armada e encostada à testa consegue mandar uma cabeçada no estômago de Igor antes que este dispare!!!!
Enfim, um livro que a recomendar, só em dias de diarreia abundante, assim fica-se também a apreciar uma diarreia mental...