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Thursday, November 11, 2004

Joseph Blatter


Serve este senhor para eu escrever um post sobre as minhas ideias acerca do futebol hoje em dia. Primeiro ponto não gosto da figura dele. Não o vejo como alguém capaz de liderar os destinos de um organismo como a FIFA. Aponto alguns aspectos: os comentários infelizes que este homem fez sobre as eliminações escandalosas da Itália e da Espanha no Mundial da Coreia/Japão, quando se verificou as piores arbitragens que algum Mundial de Futebol jamais deve ter visto. Um outro caso que deveria ter levado este senhor à demissão e não levou foi a falência da empresa que geria o Campeonato do Mundo de Clubes, levando ao seu adiamento. Este facto em si, pode parecer exagerado um pedido de demissão, no entanto, se tivermos em conta que é uma descrebilização da própria FIFA, até então vista como a entidade suprema do futebol, é arriscado continuar depois desta ocorrência. Mas, como dizem os antigos, isso são águas passadas que já não movem moinhos, não que hoje em dia ainda existam muitos moinhos por aí para se moverem. Este post prende-se com a notícia de um diário desportivo, em que Blatter quer mudar o actual modelo de qualificação sul-americano, tendo em vista a calendarização internacional unificada. Para mim, a calendarização é apena um sub-problema do problema geral do futebol, que é, o seu primitivismo. O futebol neste momento apresenta-se como um dos desportos mais primitivos, senão o mais primitivo, pois quem gere os destinos não percebe que tudo evoluí, recusando assim a ordem natural das coisas. Enquanto outros desportos tenham melhorar ao máximo as suspeições sobre os seus resultados, procurando diminuir o erro humano, relutantemente o futebol não quer ouvir ideias sobre a maneira de acabar com polémicas de foras de jogo mal assinalados, golos mal invalidados, entre outras questões, com o argumento (estúpido, ou não viesse ele deste senhor suiço) de que é essas discussões que geram as paixões do futebol. Quanto a mim, o futebol precisa de se modernizar como todas as outras modalidades que vemos alterarem as suas leis, de forma a corresponder às expectativas dos vários interessados (jogadores, treinadores, dirigentes e o que assume cada vez mais relevância, os patrocinadores). Pode-se argumentar, e com razão que o Voleibol, por exemplo, alterou o seu sistema de pontuação para se enquadrar com as transmissões televisivas, o que é certo mas, (e como tudo, existem sempre mas) estas mudanças podem ser benéficas para um maior interesse das pessoas num desporto que não move multidões como o futebol. E se, o futebol, por não se actualizar com os tempos, começar a decair? O que acontecerá? É fácil de ver, pois em Portugal desde à alguns anos que os estádios estão vazios e de algumas, poucas, épocas para cá os clubes europeus começam a estar em crise. Não será altura de ter um presidente da FIFA que reveja as questões verdadeiramente importantes, antes que matem a sua própria galinha dos ovos de ouro? Questões essenciais: Para quando mais árbitros no rectângulo de jogo? O basquetebol, o andebol, o hóquei em patins têm mais árbitros que o futebol em campos mais pequenos. Para quando, a bem do espectáculo e de quem paga bilhete, a hipótese de existir um “banco” rotativo em que os jogadores podem entrar sem limite de substituições, como o exemplo do basquetebol, do andebol, do futsal, etc. Além da previsível melhoria dos jogos, iria diminuir as injustiças que acontecem no terreno de jogo. Imaginemos que uma equipa fez as 3 substituições e estava a ganhar a 20 minutos do fim, de repente, um atleta dessa equipa é gravemente lesionado num lance com o adversário. Esse adversário leva o cartão amarelo, mas o atleta lesionado tem de sair de maca. A sua equipa de repente vê-se limitada e acaba por perder o jogo, devido a uma regra que claramente beneficia o infractor. Quando se vão utilizar os meios audiovisuais para acabar com a suspeição como é o caso do futebol americano que têm câmaras colocadas estrategicamente e que em caso de dúvida podem ser utilizados pelo árbitro? Última sugestão: Para evitar o anti-jogo diminuir o tempo de jogo de uma partida de 45 minutos para 30 minutos, mas 30 minutos em que se pare o cronómetro a todas as paragens do jogo.


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